terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Como uma criança faz valer um fim de semana

Em duas partes:

1.
A Betiay ficou surpresa corrigindo a tarefa da Ekin: “Quando eu crescer eu quero ser uma médica de olhos.” Ela chamou a pequena:
B: “Eu não sabia que vc queria ser uma oftalmologista, uma médica de olhos.”
E: “Eu não quero.”
B: “Então o que você quer ser quando crescer?”
E: “Uma agente secreta, mas eu não posso escrever isso aí no caderno.”
#lindané?

2.
Ekin: Em que data vocês celebram o Natal no Brasil?
Eu: 25th December.
Ekin: Isn’t it on 25th July? (ai se coubesse a expressão do rosto dela aqui no blog)
Eu: Por que vc acha isso?
Ekin: Porque em dezembro é calor no Brasil, não pode ser Natal.
#explica.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Do Natal

Vocês podem ter certeza que eu estou atrasada, mas por aqui o Natal ainda não aconteceu (para os turcos). Então o post tá valendo.

Por alguma razão desconhecida e desprovida de graça (nos dois sentidos) os turcos comemoram o Natal no dia 31 de dezembro. #ainqueburrrrrrrrosdázeropraeles. Eles determinaram que nesta data - que eles chamam de Natal - antes do início do novo ano, as famílias se reunirão e trocarão presentes. Isso não tem nada a ver com Alá (e provavelmente ele nem goste desta ideia) e está mais relacionado a um fenômeno de “ocidentalização” da sociedade. Permitam-me falar sobre isso com o tempo.

Do que realmente importa para nós nesta data, o espírito natalino e o sentimento de paz e renovação de votos de amore, o Natal deles não tem muito #aimedesculpa. Anyway, as ruas estão enfeitadas, as lojas estão com super ofertas e os shoppings lotados. Tem até árvore de natal nas casas. #faltaderespeitohaha É inacreditável nénao? Num país que tem 98% de muçulmanos, ou seja, onde a esmagadora maioria não comemora o nascimento de Jesus, tem Natal pra tudo quanto é lado.   

O mais perto de Natal que daria pra chegar aqui era ter ido à missa na İgreja de Santo Antônio, a maior Igreja Católica de Istambul que fica em Taksim. Eu não pude ir porque estava lá longe, somewhere na Ásia. Mas sempre que eu quiser posso assistir a uma missa, em inglês, italiano, turco ou polonês. É lógico que eu vou escolher a última opção. UHFAElıuhAEFLhuı #aham

Eu passei o fim de semana de Natal na casa da Betiay, minha chefa, com a família dela (ela, o marido e a pequena Ekin). No sábado a gente foi no Belerbeyie Sarayi (Belerbeyie Palace), daí a gente deu um role a beira-mar e depois fizemos compras pra casa. No maior estilo dona de casa, compramos carne no açougue, frutas e verduras num Shinai (haha como é o nome, fruteira?) e leite, queijo e ovos num lugar que só vendia isso. Adorei. Almoçamos na rua, num restaurante delicioso. Comi sopa de peixe, camarão com legumes e peixes fresquíssimos.

Tava um frio inexplicável e eu tava meio doenta e, por esta razão, passamos o resto do fim de semana em casa. Lendo, comendo, bagunçando. Comendo de novo. Descansando. Foi bom. E eu vi NEVE! Não assim aos montes, mas o suficiente pra dizer que eu vi neve. =D Algumas fotos do nosso findi:


E o mar tava de uma lindeza sem tamanho.

Eu e a Ekin #frioémato

Nós 3. E a árvore de Natal.
  
Sobre os feelings natalinos... É impossível não pensar na family aqui das lonjuras do mundo e não sentir um apeeeeeeerto no coração. Amigos e pessoas próximas também me visitaram em pensamento e eu fiquei é desejando um monte de coisa boa com o coração. Vocês sentiram?

Fiquei MUITO feliz com cada telefonema, email e mensagem que recebi. A força brazuca de Istambul também não deixou por menos. Estranhamente este ano eu recebi muitos votos de quem eu não esperava, inclusive de pessoas que eu recém conheci. E isso me deixou mais tranquilinha. OBRİGADA a todos que de alguma forma apareceram no meu findi, foi importante pra mim. =) E eu deveria escrever este pedaço em inglês.

Não quero mais brincar. Tchau. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Por que Istambul tem um pouco de Brasil? Parte 2


Parte 2 pras meninas que não se contentaram com um post sobre futebol. =)

As novelas brasileiras foram SU-CES-SO na televisão turca no passado, há uns 20 anos atrás.

A primeira vez que o assunto veio à tona eu vi um grupo de 6 colegas do trabalho unidas numa força-tarefa pra buscar na memória o nome dos personagens. Por 5 minutos, aleatoriamente: “Maria Eduarda... Francisco... Jô- José Roberto!... Giovana...” Empolgadíssimas, aguardando um aceno positivo da minha cabeça ou um sorriso de confirmação. #foiseco! É lógico que elas não falaram esses nomes, mas valá... eu entendo tanto de novela quanto de fute.bola.

Em outra oportunidade, descobri que a única novela que as pessoas lembram for real é “A Escrava Isaura” que também fez muito sucesso na China. Na China meu, bota fé? Curiosidades sobre as novelas brasileiras no mundo aqui e aqui, pra quem se interessa.

Segundo o gerente geral lá da empresa (em conversa numa das nossas reuniões super produtivas) os turcos se aproveitaram da nossa expertise pra fazer as “novelas” deles que hoje são exportadas pra outros países da região, aqui perto nas Arábias e não sei mais onde. Vai lá no Google Maps pra ver como se delimita a região das Arábias por favor. #haha

As novelas daqui são, na verdade, séries... ou seriados. #coméqsediz?
Elas passam uma vez por semana e tem duração de maomeno uma hora e meia. Podem ser parecidas com as nossas novelas - enredos cheios de bafões, tapa na cara, romances proibidos, traição, poder, pobres ricos, falas pobres; ou, imitações de séries americanas. Que que é melhor? Digalá!

Como eu duvidava que o país era potencial neste ramo de negócios, fui dar um check. O site de um canal de TV noveleiro - Kanal D - tem versões em inglês e árabe. #brinca!

E quem sou eu para fazer críticas de “novelas” turcas? Pelos trailers tem algumas delas que eu assistiria amarradona. EFAHuAHEFliuhAELFIuh #confessavai! Duas escolhas aleatórias aqui, pra vcs conhecerem: Öyle Bir Geçer Zaman Ki (Time goes by) e Fatmagül’Ün Suçu Ne? (não sei o que significa).

Mas o que me motivou a escrever o post foi a série histórica Muhteşem Yüzyıl (Magnificent Century) que é baseada na vida de Süleyman I (sultão do Império Otomano que teve o mais longo reinado) e da escrava que se tornou sua esposa. Eu assisti pra pegar um pouco da história e entender da vida dos sultões. É legal viu? Tenho o o primeiro episódio com legendas em inglês aqui. Já vou logo avisando que não existe um segundo episódio com legendas. Posso até contar o que aconteceu depois, por cemmilréis.

Curiosidade: Na verdade os turcos pensam que as novelas mexicanas tipo Maria do Bairro, Maria Mercedes são brasileiras. AUFEHliuHAEFLIUAEF eu não tinha me ligado, foi o Fernando que me contou.

Apesar de eu ter dividido este post em Parte 1 e 2, acho que tem mais de Brasil aqui em Istambul (e eu não tô falando dos enfeites #hipócritas de Natal). Por enquanto fica assim porque tenho receio de criar pré-conceitos.

Tá chegando o Natal gente!

Feliz só se for pra VO-CÊ!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Por que Istambul tem um pouco de Brasil? Parte 1

Ó fiz parte 1 de 2. Separado.

Vou falar de futebol (1) e de novela (2). Se você não gosta de futebol você volta pra parte 2. Se você não gosta de novela... volta mesmo assim, eu também não gosto. 

Logo que eu vim pra cá eu parei numa lojinha e me surpreendi depois de perguntar o que o cara sabia do futebol brasileiro: “Alex de Souza, Roberto Carlos, Ronaldinho, Neymar” =) Até aí tudo bem né? Mas ele continuou: “Flamengo, Santos, Cruzeiro, Coritiba, Palmeiras, Paraná, Sao Paulo, Vasco, Botafogo, Figueirense…” Figueireeeeeeeeense meu! Eu juro que ele falou.

Turcos que acompanham o Campeonato Brasileiro não são maioria. Mas eles realmente são fanáticos por futebol. A Turquia tem três times grandes. Dois mais conhecidos que compõem o cláááááááássico: o Fenerbahçe e o Galatasaray; e com uma torcida grande tem o Besiktas (esses Ss com cedilha). Me falaram também do Trabzonspor (que tá em 9º no campeonato, vamos desconsiderar). 

O Brasileirão da Turquia (Super Ligi) trava uma disputa entre 18 times. A liga que começou em setembro e acaba em abr-il tá assim ó pra quem quer saber. Eu não fazia ideia que aqui tinha tanto time. Mas também não sabia que o país foi bronze na Copa de 2002. Todo mundo sabia?

O que interessa mesmo e merece atenção é que tem 23 #vinteetrês jogadores brasileiros no campeonato (5% do total). Tem Felipe Melo no Galatsaray; Fábio Bilica, Alex e Cristian no Fenerbahçe; Sidnei e Edu no Besiktas; Alanzinho e Paulo Henrique no time que eu desconsiderei ali em cima. E os outros estão por aí chutando bola.

Quando o Zico treinou o Fenerbahçe (2006-2008) ganhou um campeonato turco e levou o time às quartas de finais da copa UEFA. Lóóórrico que tinha mais jogador brasileiro no elenco do que turco (Alex, Edu Dracena, Fábio Luciano, Deivid e dispois Roberto Carlos). Aaaaia! O Parreira treinou o mesmo time em 1995-1996 e também ganhou um título.

Também já jogaram por aqui: o goleiro Jefferson (no time desconsiderado erroneamente Trabzonspor e no Konyaspor), Lincoln, Elano, Didi, Taf(f)arel (ai-que-sdd-da-copa-do-tafarel), Washington (o Óxito sabe?), César Prates (o primo da Cintia), Marco Aurélio e uns outros bruxos.

Das similitudes: a galera acompanha futebol mesmo, de ir torcer no estádio. O mercado do futebol também é milionário aqui. Advertisement e futebol, que mistura! Rola comprar resultado também. Que que tem?

Dos contré: Me disseram que não tem bebidas alcoólicas à venda nos estádios. #éverdade?

De curioso: Em setembro, duas partidas do Fenerbahçe foram abertas APENAS para mulheres e crianças. Dá um check aqui.

De explicação: Provavelmente eu esqueci alguém famoso ou algum fato importantíssimo. Ou a minha divisão lá no começo dos times não foi muito fiel haha (foram meus colegas do trampo que me ajudaram). Se esta fonte dos links pra informações do campeonato que eu usei não é confiável eu menti o tempo todo. Se faltou entusiasmo é porque eu não sei nada de futebol. Cadê a Dani? Meu time aqui na Turquia ainda é o Flamengo.

Trouxe aqui os melhores momentos do último clássico em que o Galatasaray alcançou o Fenerbahçe no topo da classificação. Bom mesmo é ouvir a narração do jogo:






E recadinho por último. Tem gente que não conseguiu postar no blog e eu não sei porque é que rola os bugs. Quem quiser e-mail-me no mayarablasi@gmail.com

Tô bem sim. Smack!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Momento WTF!


Ó todo mundo sabe que quando se viaja pra outro país rola aqueles momentos WTF! Q-q-eu-tô-fazendo-aqui?! É normal. E eu vim falar um pouco disso. É lógico que eu também passei(o) por esses momentos. Eles geralmente estão ligados a saudades, incertezas com relação ao futuro, ou até mesmo insegurança sem fundamento. Vou dizer o porquê, depois de refletir muito, esses momentos parecem mais #xiliquedepatricinha do que outra coisa. hahAFEHUAEFlahaAEFUhuıHAF E eu não sou patricinha. #precisafalar?

Se você ficar pensando a respeito das causas que te levam aos momentos WTF você nunca vai se livrar deles. Tem que dar a vooooooolta pra ver tudo lá pelo outro lado (daqui de cima) e recuperar as motivações que te levaram a sair do Brasil. Vim pra cá realizar um sonho que eu tinha de morar fora, viver em uma cultura diferente, crescer pessoalmente e profissionalmente. É motivo pra %$*&@) !

Precisa mais? E afora a motivação maior que faz o post parecer um texto de auto-ajuda, a vida aqui está repleta de pequenas motivações diárias (não necessariamente nesta mesma ordem). #sentesó

- Quando estou no trabalho parece que estou em Istambul a 1 ano.
- Tudo aqui é mais barato o que te faz acreditar ser Ryca.
- Obrigada Betiay.
- Posso usar todos os meios de transporte (metro, tramway, busao, ferry, camelo) com o mesmo cartão. Não tem camelo.
- Eu ainda acho divertido ir ao mercado. E insisto em “ler” as embalagens.
- Posso comer coisas saudáveis e coisas gordas. E é tudo perto, então posso exagerar num dia (ahnaopode!) e no outro balancear. Mas a proporção não é de um dia pra cada.
- Eu posso voltar a visitar todos aqueles lugares #paia que já fui. A hora que eu quiser. A imensa maioria não paga pra entrar.
- Sempre que eu entro num restaurante ou numa loja eu sou turca. Pelo menos durante os 30 primeiros segundos que é o tempo que dura meu repertório de frases turcas.
- Tenho certeza que o Garfield mora aqui. =) E eu ainda vou encontrá-lo entre os 30 gatos gordos que vejo em cada rua.
- Dá pra lembrar de Mgá (pelas árvores e pelas pombas) e de Floripa (mar!).
- No mesmo dia eu consegui encontrar meu queijo preferido em promoção, esmalte por 1TL (é o preço normal) e uma agenda do Matisse por 9TL.
- Não importa quão cinza o céu esteja (o que é meio triste) tem sempre umas gaivotas pra manchar ele de branco.
- Se eu quero ficar comigo posso ir às mesquitas e ficar horas lá. Ninguém vai me incomodar.
- Meu inglês tá melhor. E vai ficar melhor.
- Ganhei dois pacotes de chá orgânico da Seyda.
- Vejo muitos carros importados na rua.
- Me entendo muito bem com um grande contingente da população que não fala inglês nem turco direito: as crianças.
- Eu às vezes fico dizendo bobagens em português e ninguém me entende. Adoro xingar sorrindo. (lembro de vc Cris)
- Meu colega de trabalho veio me avisar ontem que o Sócrates morreu. E que o Corinthians ganhou. #ahvah! Lógico que ele repetiu comigo: “Curintia é time de favela.” Sem saber o que é. E riu. UAHFElıhuAEFlıhuAEF
- Eu falei pra Nil (amiga do trampo) algumas coisas sobre a Bezm-î-Âlem (vcs lembram?) que ela não sabia. E ela contou pra outros colegas que tb nao sabiam.
- Eu ainda não conheço nem 40% de Istambul.
- Semana que vem eu vou pra Ásia
- Aqui tem chocolate com pistache, chá de ıhlamur, pimenta, ayran e sabonete de lavanda.

E tem mais que não lembro. Mas não vou guardar o post pra depois. É vômito. 
Por último algumas descobertas:

- Vir pra fora é fácil o difícil é vir pra dentro.
- As saudades não diminuem com o tempo.
- Um email não substitui uma ligação. E ligar pro Brasil não é caro.
- Pode chorar de vez em quando. Mas rir e chorar ao mesmo tempo é melhor. Obrigada.
- Sempre tem uma playlist pra momentos WTF. É tiro e queda. Música resolve tudo.
- Família te amo mais a cada dia.
- Tem umas coisas que a gente sente que não dá pra guardar na gaveta pra pegar 3 meses depois. Vai que sei lá.
- A gente é muito mais capaz do que a gente pensa que é.
- Impossível nããããããão!

Se vc não entendeu alguma coisa do que eu escrevi não era pra você. ;D

Ô Má você escreve demais, não? #numquélênumlê

Fa-lô Va-leu!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Depois de um mês



Dizer que estou aqui a uma semana, um mês ou um ano, saindo da linha do tempo assim, não dá. Depen-do-pôndivista. Mas continuo encantada com a cidade. O trabalho tá fluindo. Talvez eu mude de casa esta semana. Tô feliz. Não tenho saudades de feijão. Saudade de gente dói. 
Resumiu? AUEFHliuHAEFLIuAEF

Fiz até um vídeo pra falar um pouquinho e escrever menos talvez. #ta-aê-ó.



E sobre a iniciativa, devo ressaltar que, nunca tinha feito isso antes e nem editei o vídeo. Tá pooooooooooouco amador! #caddieC
UAFHEliuHAEFLAEUFHiluhaEFEF

Antecipando alguns esclarecimentos:

1. Não, eu não tenho Mal de Parkinson. Talvez eu melhore no próximo vídeo. (se tiver outro).

2. Eu tô aparecendo (ou não aparecendo nas fotos e no vídeo) sozinha porque eu gosto das manhãs de maneira especial. As pessoas dormem. E às vezes elas não gostam de museus que nem eu. E a paisagem não impressiona os citadinos. #tudomeu!

2. Está anoitecendo por volta das 17h então prefiro sair cedo pra #carpediem porque eu só tenho os fins de semana pra isso.

3. Tô pensando em inglês muitas vezes, até em sonho. ;* Olha que bizarrê eu falando que o nome do Museu era “catorze cinqüenta e três”. #fourteenfiftythree

4. Aquelas ruínas são as antigas muralhas de Constantinopla. 21 km!


Quanto ao museu, vale um plá. Ele é pequeno mas tem uma cúpula com uma pintura extremamente detalhista feita em 360 graus (literalmente, inclusive o teto, digo, o céu). Terceira dimensão, modernidaaaaade gente! E os recursos de multimídia integram um quadro vivo da batalha da tomada de Constantinopla em 1453. Depois eu volto pra aula de história. Foteeenhas:

Panorama 1453

Viu como é? Os visitantes ficam ali no meio.
  
Aí: o cenário pertinho é verdade. Longe é pintura.

A foto parece nada perto da pintura. Details.



Depois do rolé no parque sentei no banco ali de frente pra muralha e devorei um livro que comprei aqui. Meu agradecimento especial à Gabriel Garcia Marquez, que não seja pecado lê-lo em inglês. haha

Obrigada também as personas brasileiras que estão sempre perto mesmo longe.

Tô pensando muito. maismuito. It's never been like that.